domingo, 30 de setembro de 2012

A General


"A General" é um filme americano de 1926, estrelado pelo famigerado "palhaço que não ri", Buster Keaton.

A obra mostra as façanhas de Johnny Gray, um maquinista, depois de ser rejeitado por sua amada, que não admitiria ficar com alguém que não lutasse pelo Sul na Guerra de Secessão.

A história realmente começa quando a amada de Gray, Annabelle, é sequestrada numa tentativa de ataque ao sul pelos estados do norte.

Podemos dividir o longa em duas partes: a primeira, onde acompanhamos a trajetória do maquinista ao tentar recuperar sua amada; e a segunda, que se baseia na volta do casal para avisar as autoridades do ataque do exército do norte.

Seja na hora de resgatar sua amada ou na hora de salvar o exército sulista, Keaton dá um show, misto de comédia e poesia, capaz de fascinar qualquer um.




Em breve o filme será disponibilizado para download.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

No Doubt - Push and Shove


No Doubt - Push and Shove (2012)


Welcome to the new age



Imagine Dragons é uma banda formada em 2008, são conterrâneos do The Killers, porém sua sonoridade é um tanto diferenciada.

“It’s time” e o primeiro single do primeiro álbum da banda  e foi lançado no início de 2012, single que o vocalista Dan Raynolds deu o seu parecer: “Eu escrevi 'It's Time' durante um período de transição em minha vida. Parecia que tudo iria errado. Eu estava tentando decidir o que eu queria fazer com a minha vida, tentando descobrir como levar a sério a música. Eu estava tomando decisões sobre quem eu era. Eu sou um cara muito jovem e eu ainda estou tentando descobrir a resposta para essas perguntas.”. Essa mesma música acabou sendo indicada para o prêmio de "Melhor Vídeo de Rock” no VMA desse ano, foi aí que a banda ganhou mais notoriedade ainda.




Por fim, o seu debut é o “Night Visions”, que chegou conquistando muitos fãs devido as variações sonoras desse trabalho. O indie rock com muitas pitadas de indie pop é o carro chefe desse álbum, em “Radioactive” temos alguns elementos do dubstep que chamam a atenção e deixam essa música ainda mais viciante. Com tudo isso, logo o debut alcançara o 1° lugar no iTunes dos EUA e o 2° no Canadá.

Em geral, esse trabalho merece uma atenção especial, letras muito bem formuladas, sintetizadores bem colocados e um vocal excelente. Imagine Dragons é uma banda que tem muito a crescer e conquistar ainda mais fãs ao redor do mundo.


Night Visions (2012)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E Os Hipopótamos Foram Cozidos Em Seus Tanques - O Tesouro Perdido Da Geração Beat


"E Os Hipopótamos..." é um livro escrito por dois grandes nomes da literatura: Jack Kerouac (autor do recém adaptado para o cinema "On The Road") e William S. Burroughs ("Almoço Nu"). Ambos os escritores também fizeram parte da chamada "Geração Beat", que foi um movimento literário da década de 50; formado por intelectuais liberais e espontâneos, o "beat" se caracterizou pela intensidade na escrita, linguagem informal e a desibinição de certos valores morais (muitos escritores, como, por exemplo, Burroughs, usavam e abusavam de drogas). 

A geração beat foi o berço de muitos outros movimentos, como o aclamado hippie e o impactante punk, além de ser uma grande influência das feministas e dos homossexuais, que tinham como seu objetivo a liberdade sexual, entre outras coisas.

O livro, escrito em 1945, é baseado numa história real, que ocorrera com dois amigos dos escritores, Lucien Carr e Dave Kammerer, é um romance baseado no crime que chocou Nova York: o assassinato de Kammerer por Carr.



Na obra, com cada capítulo escrito por um autor diferente, Kerouac é Myke Ryko, um marinheiro mercante, e Burroughs é Will Dennison, um barman. O enredo traz algumas mudanças quando comparado ao que de fato ocorreu, porém continua sendo bem fiel à realidade. Lucien Carr é Phillip Tourian, e Dave Kammerer é Ramsey Allen - ou Al.

Phillip é caracterizado como um jovem bonito, instável e impulsivo. Al, por sua vez, é uma "bicha velha" (termo utilizado no próprio livro) que persegue Tourian, sempre fazendo de tudo para que seu amado goste dele - o que nunca acontece.

A obra foca principalmente nas tentativas de Al de se aproximar de Phillip, e sua rejeição. Essa perseguição começa a ficar séria quando Ramsey diz ter sido beijado por Tourian, que nega completamente isto. Várias vezes Phillip diz diretamente que não quer nada com Al, quer vê-lo longe, e expulsa-o dos círculos sociais, entre outras coisas. Essas desfeitas, porém, não fazem parar as investidas e loucuras de Ramsey para fazer Tourian amá-lo, o que resulta, com uma pitada de álcool e insanidade, na sua morte.

Na trama, Dennison é sempre mais afastado, um tanto quanto misterioso, que julga como alguém de fora o que acontece. Ryko envolve-se muito mais com os personagens, e isto é algo inegável quando se lê a obra até o fim. Ambos os escritores têm suas características na narrativa, e estas são notáveis quando já se lera alguma de suas obras - e as recomendo.

O livro em si é pequeno, e deve-se entender que sua importância não é relacionada ao crime, mas sim o que este gerou: a própria geração beat. A personalidade do jovem que assassinara seu colega homossexual, seus valores, seus atos, conhecimentos e sua forma de pensar, isso sim foi a essência dessa famigerada casta de poetas e escritores.

domingo, 16 de setembro de 2012

The Vaccines [Come of Age]



Esse post é pra você, que depois de todo bafafá do lançamento, ainda não ouviu o tão esperado Come of Age. Lançado oficialmente em 3 de setembro, o CD já estreiou no topo das paradas britânicas*, sendo muito bem recebido pela crítica e aposto que muito bem por você também. Por isso que disponibilizamos esse download aqui no blog.


*Bem na hora da postagem, as colocações mudaram e não é pra menos: o novo álbum de The XX, Coexist segurou a primeiríssima colocação e Come of Age caiu pra 6º.


Com The Vaccines não existe aquela praga do segundo álbum não. Come of Age, bem como o nome indica, mostra uma banda em desenvolvimento, com músicas mais trabalhadas e fazendo um ótimo trabalho em se segurar no topo das paradas britânicas, vencendo até mesmo Beacon de TDCC. E não é pra menos. Com canções envolventes do começo ao fim, No Hope é a primeira delas, retratando o primeiro de vários conflitos existenciais do rapaz Justin Young. O disco segue com Teenage Icon, uma música bem ao estilinho rápido da banda, que também ganhou um video. All in Vein e Ghost Town vão recheando o álbum, e Bad Mood aumenta mesmo esse gás. Ao final, eis que surge a música mais envolvente: I Wish I Was A Girl, que empata com No Hope na categoria  "melhor conflito existencial que eu já ouvi" (e não para por aí não, entenda melhor a 'polêmica'dessa música no final do post). No mais, esse álbum mereceu mesmo a primeira colocação da parada britânica e meus sinceros e humildes elogios. Então baixa aí e conta pra gente o que você achou. E se você ainda não ouviu o primeiro álbum da banda, pega aqui!




Nota: [4.1/5]

*BÔNUS: A 'polêmica' da música I Wish I Was a Girl

Lá está você, ouvindo alegremente o Come of Age, quando a 10ª música começa a tocar. Justin Young falando tão bem das mulheres, e você pensando que ele QUER uma, até que chega o refrão: na verdade ele QUER SER uma. Em uma entrevista ao NME, o rapaz se explica: "Começa descrevendo a beleza de uma mulher, quando chega ao refrão, você percebe `eu não quero fod** ela, eu quero ser ela. Eu estava me perguntando se ser bonito torna a vida mais fácil. Tenho bastante certeza que não, mas é algo que estava explorando". E ovocalista acrescentou: "Diga o que quiser sobre minhas letras, mas sinto que fui muito corajoso neste álbum". Então, Sr. Young, por favor seja corajoso mais vezes pra fazer mais álbuns como o Come of Age!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Wild Nothing [Discografia]


Wild Nothing é uma das várias bandas de um homem só que vem surgindo atualmente, apostando no Dream Pop, Shoegaze ou qualquer outra tag que lhe cair bem. Entretanto, ao contrário do que tudo indica, Jack Tatum não é apenas um americano qualquer que gosta de combinar riffs e sintetizadores. Começando em 2009 e lançando seu primeiro álbum Gemini em 2010, o rapaz alcançou o 49º lugar na lista de melhores álbuns pelo Pitchfork Media e o 37º melhor álbum do ano de 2010 pelo Amazon.com Music Editors.E (ainda bem) que não para por aí não. Além de Gemini, Wild Nothing lançou recentemente em 28 de agosto desse ano, o álbum Nocturne, sua verdadeira obra-prima, ambos disponíveis para download aqui no blog.

Gemini (2010)

Com uma pegada meio The Cure e com uma pitada de The Drums, Gemini parece ir tentando se combinar. Ao longo do disco, os sintetizadores e sons esquisitos começam a fazer mais presença, denotando claramente uma vibe mais 'moderninha', mandando embora aos poucos a sensação megadeprê que a primeira música "Live In Dreams" passa. "My Angel Lonely" vai abrindo espaço para a melhor parte do disco, onde o estilo de Jack Tatum começa a se consolidar e mostrar por que ganhou bons lugares na lista de melhores álbuns de 2010. Apesar da gloriosa condecoração, Wild Nothing em seu primeiro momento deixa um gostinho de que pode melhorar, e sim, vai melhorar (e muito). 
Nota: [2.8/5]


Nocturne (2012)

Os 2 anos para lançar seu segundo álbum valeram MUITO a pena. Nocturne com certeza é uma obra prima do Dream Pop: o casamento perfeito entre riffs bacanas e sintetizadores simpáticos nos faz lembrar algo com a qualidade de Starfucker, a leveza de The Postal Service e a aparência de DIIV. Começando com Shadow, que é um dos hits, o disco só tem a melhorar: Midnight Song, Nocturne, Only Heather vão deixando o álbum mais dançante e amável. Como uma droga, o som alucinógeno de Nocturne nos vicia em um verdadeiro sonho, como manda o Dream Pop.

Nota: [4.5/5]

domingo, 9 de setembro de 2012

Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos


"Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Te Esperamos"  é um filme-memória do século XX, dirigido por Marcelo Masagão.

95% do longa é formado por imagens de arquivos, como filmes antigos, fotos e material televisivo. Não há locução ou depoimento oral, somente pequenas frases ou citações que acompanham as imagens.

O diretor não trata os assuntos cronologicamente, e sim pula na história, relacionando suas partes, sem nos deixar perdidos no enredo. 

Com muita sensibilidade, somos transportados a uma outra época, emocionando-nos com recortes biográficos de pequenos e grandes personagens que compõe grandes e pequenas histórias. 

E descobrimos, também, que é possível sentir falta de algo que nunca tivemos ou vivemos, é possível ficar com os olhos molhados por conta de algo que não afetou e nunca te afetará de forma alguma, entre outras coisas.

Passamos por guerras, invenções de diversas coisas - como, por exemplo, o carro, o telefone, quase sempre mostrando a vida de uma simples pessoa em meio à tudo isso.

O filme ganhou 17  prêmios nacionais e internacionais e ficou 8 meses em cartaz em São Paulo e Rio de Janeiro.


Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Playlist - Indie Brazuca

Indiependência ou morte
Para celebrar o dia da independência do Brasil, o Short Ballad reuniu numa playlist alguns ótimos exemplos dos indies brazucas.

Bastante variada e para todos os gostos, como é a salada mista cultural típica deste país. Tem de tudo um pouco, mas será que esquecemos de alguma coisa?


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sugarcult


Sugarcult é uma banda de rock californiana, que apesar do estilo mais pesado e uma atitude meio punk sempre figurou entre as bandas alternativas do cenário musical americano. Eles nunca se prenderam a um estilo musical específico e em seus 5 álbuns já lançados desde a formação em 1998 fizeram alguns experimentos que deram certo. Presença notável é a do contrabaixo, elemento essencial para dar um tom mais sério às composições elétricas do grupo.


O sucesso da banda começou após o lançamento do terceiro CD, Start Static. Com a popularidade de alguns singles como Pretty Girl e Stuck in America, eles já passaram a fazer turnês mais longas e atingir outras regiões, como nos show que fizeram com Green Day no Japão. A novidade do álbum em relação aos anteriores é que este apresentou uma sonoridade mais limpa e músicas mais pegajosas, quase como se fosse feito para atingir a massa, porém sem perder o DNA da banda.
Os próximos álbuns foram Palm Trees and Power Lines e Lights Out, que apesar de terem a mesma proposta de atingir o público com singles mainstream, não alavancaram tanto a carreira da banda, que continuou a fazer shows pelo território americano até entrar em hiatus em 2009 com a mesmo motivo de tantos outros grupos: para que os integrantes possam se dedicar na vida e a projetos pessoais. Sugarcult é uma banda com um vocal mediano e adequado às melodias, que apesar de não trazerem nenhuma novidade são cativantes. Quem sabe esse longo tempo afastados sirva para que ressurjam explorando melhor o talentos dos músicos californianos.


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